13 de jan. de 2010

Espigão da Eletrobrás ameaça a Lapa!

Com o apoio da Prefeitura, a Eletrobrás está disposta a construir um arranha-céu próximo aos Arcos da Lapa. Acreditem se puder: O corredor cultural do Centro do Rio está em apuros e o poder público se coloca a favor da ameaça.

Por mais que arquitetos e urbanistas se oponham frontalmente à realização da obra, parece que o governo municipal não se comove, preferindo atender aos interesses da estatal, só restando aos cariocas protestar e questionar, lutando para conter esse ímpeto da Eletrobrás.

Vejam o que dizem os sites do RJ-TV e do Estado de São Paulo:

(RJ-TV)

Em uma área de muitos casarões antigos e, ao mesmo tempo, perto de alguns prédios modernos, a Eletrobrás planeja erguer um arranha-céu. O prédio seria construído em terrenos vizinhos aos Arcos da Lapa, que, hoje, são ocupados por estacionamentos.

Especialistas em urbanismo e patrimônio cultural receiam que o projeto possa descaracterizar a região, além de prejudicar a visão do monumento histórico. O espigão ficaria a 200 metros dos arcos, próximo ao centro boêmio da Lapa e à Catedral Metropolitana. Teria 44 andares e mais de 130 metros de altura.

Para tornar a obra possível, no fim de 2009 a prefeitura enviou à Câmara de Vereadores propostas de mudanças na legislação urbanística do Corredor Cultural do Centro. O projeto foi aprovado e a lei sancionada pelo prefeito Eduardo Paes, na semana passada.

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado do Rio de Janeiro (Crea-RJ) criticou a falta de audiências públicas na câmara antes da aprovação.

“Poucas pessoas conhecem o projeto. E há também uma caracterização de que o Corredor Cultural do Centro fica vulnerável a outras atividades do mesmo porte”, criticou o presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro.

(Estado de São Paulo)

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), mudou a legislação urbanística de uma área protegida para permitir a construção de um prédio de até 133 metros de altura, com 44 andares. O terreno fica na Rua dos Arcos, ao lado da Fundição Progresso e nos fundos da Catedral Metropolitana, na Lapa, centro. Até a publicação da nova Lei Complementar n.º 106 no Diário Oficial de sexta-feira, o gabarito máximo para construções no local, onde hoje funciona um estacionamento, era de seis pavimentos – até 24 metros. O terreno deverá abrigar a nova sede da Eletrobrás.

“A presença de um prédio avassalador na região não é nada conveniente”, avaliou o arquiteto Augusto Ivan de Freitas Pinheiro, que coordenou durante 14 anos o projeto Corredor Cultural na região e foi subprefeito do centro e diretor de Urbanismo do Instituto Municipal Pereira Passos. “O aqueduto de 1750 (os Arcos da Lapa) é um marco do Brasil. Tem 18 metros de altura. Por isso foi estabelecido o gabarito máximo de 24 metros. O terreno é muito colado no aqueduto, que vai ficar amesquinhado.”

Todos os que apreciam a Lapa e o patrimônio cultural carioca como um todo precisam lutar contra este monstro que - sem a nossa reclamação - será encravado ao lado dos Arcos.

Os cariocas precisam se unir contra esse espigão que desfigurará a região da Lapa e que abre precedente perigosíssimo. Devemos elevar nossa voz para compensarmos a falta de críticas à obra por parte dos órgãos de preservação, estranhamente calados.

O Salve a Lapa! está realizando abaixo-assinado virtual. Você pode assiná-lo através de link existente na barra lateral à direita.

Proteja o patrimônio carioca! Assine o abaixo-assinado! Salve a Lapa!

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