29 de jan. de 2010

Atenção! Prédio do BNDES comprova que e$pigão abre perigoso precendente!

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O blog Salve a Lapa! tem comentado que o e$pigão da Eletrobrás não é apenas um atentado ao Corredor Cultural e um acinte à paisagem da Lapa motivado por interesses imobiliários. Ele é também um perigoso precedente.

Pois essa tese já se comprova. Não foi preciso esperar muito. O BNDES já está cogitando construir prédio anexo ao que já possui na mesma região.

Informa o jornal O GLOBO que a Câmara de Vereadores debaterá na volta do recesso, em fevereiro, uma nova proposta do prefeito Eduardo Paes para alterar as regras de construção no Corredor Cultural do Centro.

Desta vez, o projeto de lei complementar 31/2009 propõe elevar, de 12,5 metros (o equivalente a três andares) para 42 metros (14), o gabarito de um terreno do BNDES, em aclive, na Avenida República do Paraguai.

A medida permitiria erguer um anexo na lateral do Morro de Santo Antônio, onde há duas construções remanescentes do período colonial e tombadas pelo seu interesse histórico e cultural: o Convento de Santo Antônio e a Igreja de São Francisco da Penitência.

Não se pode dizer ainda com certeza que o prédio do BNDES é um absurdo do tamanho do e$pigão, porém, o projeto deve ser observado bem de perto pela população. Deve também ser fiscalizado pela Câmara de Vereadores, embora já não se saiba, infelizmente, se a Câmara privilegia em sua maioria o cidadão ou os interesses dos amigos do Prefeito.

Curiosamente, a questão do prédio anexo do BNDES não comprova apenas a tese do Salve a Lapa! de que o e$pigão abre precedente perigoso. Confirma também que, como defende o nosso Movimento, a Zona Portuária deveria ser a alternativa.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse ontem que o anexo da instituição poderá ser erguido na Zona Portuária, levando em conta o interesse da cidade. Isso demonstra que, como prega o Salve a Lapa!, é mais interessante para o Rio que estes prédios auxiliem na revitalização da região do Porto.

De qualquer forma, OLHO NO E$PIGÃO 2!

O E$PIGÃO DA ELETROBRÁS JÁ ESTÁ GERANDO SUAS PREVISTAS E NOCIVAS CONSEQUÊNCIAS.

27 de jan. de 2010

O E$PIGÃO É ILEGAL !!!

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Começou a circular recentemente a informação de que a construção do e$pigão da Eletrobrás na Lapa seria ilegal.

Aparentemente, o entorno dos Arcos da Lapa seria o que se chama de APAC, ou seja, uma Área de Proteção do Ambiente Cultural.

Se assim fosse, não haveria nem mesmo o que discutir. A lei aprovada na Câmara de Vereadores por pressão da Prefeitura, que permite uma obra monstruosa do tamanho do e$pigão da Eletrobrás na Lapa, não teria força alguma.

O que acontece é que, antes de mais nada, seria necessário que outra lei revogasse a condição de APAC do entorno da Lapa.

Pois bem. E não é que a informação foi confirmada?

O entorno da Lapa é sim uma APAC. É, como dizem os entendidos, "apacado".

Portanto, a construção do e$pigão da Eletrobrás na Lapa é, hoje,
proibida.

Conclusão: O e$pigão é ABSURDO, INTERESSEIRO E
ILEGAL. Aqueles que o defendem, estão aprovando uma ILEGALIDADE.

Clicando aqui você chega a uma cópia da lei municipal, hospedada no site da própria Prefeitura, que prova que a Câmara de Vereadores criou a Área de Proteção do Ambiente Cultural dos Arcos da Lapa através da lei 3.188/2001.

O E$PIGÃO É ILEGAL !!!

20 de jan. de 2010

Qual seria o cenário da Lapa com o e$pigão da Eletrobrás?

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Muitos cariocas têm procurado montagens que demonstrem, com alguma precisão, como ficaria o cenário da Lapa caso o monstruoso e$pigão da Eletrobrás fosse construído.

Os defensores do projeto, em sua grande maioria interessados pessoalmente, financeiramente ou politicamente na obra, têm afirmado que a distorção da paisagem da Lapa e do entorno dos Arcos não seria grande.

Pois então acompanhemos todos a previsão de como ficaria a perspectiva a partir dos Arcos, com o horrendo e$pigão ao fundo:

Os que afirmam que a destruição da paisagem histórica do corredor cultural seria mínima só podem estar de brincadeira...

Enquanto isso, a Zona Portuária, que anseia por projetos do tipo, fica esquecida.

O que acontece é que os interesses envolvidos desejam a Lapa. E, pelo visto, são eles que mandam.

18 de jan. de 2010

Revitalização? Interesses imobiliários explicam o e$pigão da Eletrobrás na Lapa!

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Os cariocas buscam o porquê de a Prefeitura do Rio ter lutado para aprovar mudanças nas regras de construção do entorno dos Arcos da Lapa, visando permitir que um espigão da Eletrobrás seja construído no local.

A explicação que traz o argumento da revitalização não convence, afinal, a Zona Portuária seria muito mais indicada para esse tipo de construção se houver realmente viés revitalizador e a Lapa sente falta de intervenções muito mais simples de revitalização que a Prefeitura, agora supostamente interessada na melhoria da área, não realiza.

A real explicação parece estar, novamente no que diz respeito à gestão de Eduardo Paes, na especulação imobiliária. A Eletrobrás na realidade não tem funcionários suficientes para ocupar um prédio de 44 andares. E isso mesmo contando o todo do corpo de servidores e terceirizados. Pior ainda se lembrarmos que parte da administração da estatal se sedia em Brasília.

O intuito real seria o de beneficiar a construtora do prédio, que quando pronto, abrigaria a Eletrobrás apenas em uma parcela de suas salas, liberando o resto para aluguel, que seria arrecadado pela construtora.

Está na cara que existe aí uma triangulação suspeita. As informações que correm dão conta de que ela envolve desde a construtora até o Governador Sérgio Cabral e o patrocínio da Eletrobrás ao Vasco da Gama, time do Governador, passando pelo Prefeito Eduardo Paes e sua iniciativa de mudar de repente o gabarito de construções da região da Lapa.

A explicação não agrada em nada, mas agora está mais fácil entender o porquê desse e$pigão.

15 de jan. de 2010

Por que a Prefeitura aprova o espigão? Por que a Lapa?

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Imagine um espigão de 44 andares ao lado da Catedral nesta foto. O que ele representaria para o cenário da Lapa?

A população do Rio de Janeiro continua se perguntando o porquê de ter sido autorizada pela Prefeitura a construção de um espigão da estatal Eletrobrás na Lapa.

Alguns representantes da empresa afirmam que o terreno não foi comprado ainda e que, portanto, não é definitivo. Contudo, a Prefeitura mudou o gabarito da região onde especula-se que será construído o espigão, nos arredores dos Arcos da Lapa, visando justamente a obra da Eletrobrás.

Isso quer dizer que as regras de construção no local agora permitem um prédio gigantesco na área, o que antes era proibido, abrindo precedente perigoso. Ora, essa regra ter mudado justamente no momento em que a Eletrobrás estuda construir um arranha-céu na Lapa é muita coincidência. Na verdade, não é coincidência.

De qualquer forma, a pergunta que resta é a seguinte: Por que a Prefeitura alterou as regras de construção da Lapa, ameaçando a composição do corredor cultural carioca e colocando em risco o patrimônio da cidade?

Estão dizendo por aí que o Prefeito Eduardo Paes atendeu pedido do Governador Sérgio Cabral, que parece estar pressionando, inclusive, para que a Eletrobrás não tenha que apresentar nenhum tipo de contrapartida para o município do Rio, especificamente para o entorno do terreno onde construiria o prédio.

Por que o Governador é embaixador dos interesses da Eletrobrás, ao invés de defensor do Rio de Janeiro, do patrimônio cultural e turístico da cidade e do carioca como um todo?

Dizem que até mesmo o patrocínio da Eletrobrás ao Vasco da Gama, time do coração de Cabral, teria influência no fato de o Governador privilegiar o interesse da estatal na disputa com o interesse público.

Outra questão que fica é a seguinte: Por que a Lapa? Por que não em local mais interessante para o carioca e para o Rio de Janeiro?

Ninguém é contra o investimento da Eletrobrás no Rio, mas ele não poderia ser feito em outra região? Não poderia o edifício, por exemplo, ser instalado na Zona Portuária, que precisa de revitalização, ou na Cidade Nova, que já está sendo revitalizada por investimentos privados incentivados pelo poder público?

O Salve a Lapa! deixa vocês com essas informações para refletir e reproduz abaixo infográfico do jornal O Globo que dá uma noção do que este espigão representaria para a Lapa e para o cenário do Centro histórico do Rio:

13 de jan. de 2010

Espigão da Eletrobrás ameaça a Lapa!

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Com o apoio da Prefeitura, a Eletrobrás está disposta a construir um arranha-céu próximo aos Arcos da Lapa. Acreditem se puder: O corredor cultural do Centro do Rio está em apuros e o poder público se coloca a favor da ameaça.

Por mais que arquitetos e urbanistas se oponham frontalmente à realização da obra, parece que o governo municipal não se comove, preferindo atender aos interesses da estatal, só restando aos cariocas protestar e questionar, lutando para conter esse ímpeto da Eletrobrás.

Vejam o que dizem os sites do RJ-TV e do Estado de São Paulo:

(RJ-TV)

Em uma área de muitos casarões antigos e, ao mesmo tempo, perto de alguns prédios modernos, a Eletrobrás planeja erguer um arranha-céu. O prédio seria construído em terrenos vizinhos aos Arcos da Lapa, que, hoje, são ocupados por estacionamentos.

Especialistas em urbanismo e patrimônio cultural receiam que o projeto possa descaracterizar a região, além de prejudicar a visão do monumento histórico. O espigão ficaria a 200 metros dos arcos, próximo ao centro boêmio da Lapa e à Catedral Metropolitana. Teria 44 andares e mais de 130 metros de altura.

Para tornar a obra possível, no fim de 2009 a prefeitura enviou à Câmara de Vereadores propostas de mudanças na legislação urbanística do Corredor Cultural do Centro. O projeto foi aprovado e a lei sancionada pelo prefeito Eduardo Paes, na semana passada.

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado do Rio de Janeiro (Crea-RJ) criticou a falta de audiências públicas na câmara antes da aprovação.

“Poucas pessoas conhecem o projeto. E há também uma caracterização de que o Corredor Cultural do Centro fica vulnerável a outras atividades do mesmo porte”, criticou o presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro.

(Estado de São Paulo)

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), mudou a legislação urbanística de uma área protegida para permitir a construção de um prédio de até 133 metros de altura, com 44 andares. O terreno fica na Rua dos Arcos, ao lado da Fundição Progresso e nos fundos da Catedral Metropolitana, na Lapa, centro. Até a publicação da nova Lei Complementar n.º 106 no Diário Oficial de sexta-feira, o gabarito máximo para construções no local, onde hoje funciona um estacionamento, era de seis pavimentos – até 24 metros. O terreno deverá abrigar a nova sede da Eletrobrás.

“A presença de um prédio avassalador na região não é nada conveniente”, avaliou o arquiteto Augusto Ivan de Freitas Pinheiro, que coordenou durante 14 anos o projeto Corredor Cultural na região e foi subprefeito do centro e diretor de Urbanismo do Instituto Municipal Pereira Passos. “O aqueduto de 1750 (os Arcos da Lapa) é um marco do Brasil. Tem 18 metros de altura. Por isso foi estabelecido o gabarito máximo de 24 metros. O terreno é muito colado no aqueduto, que vai ficar amesquinhado.”

Todos os que apreciam a Lapa e o patrimônio cultural carioca como um todo precisam lutar contra este monstro que - sem a nossa reclamação - será encravado ao lado dos Arcos.

Os cariocas precisam se unir contra esse espigão que desfigurará a região da Lapa e que abre precedente perigosíssimo. Devemos elevar nossa voz para compensarmos a falta de críticas à obra por parte dos órgãos de preservação, estranhamente calados.

O Salve a Lapa! está realizando abaixo-assinado virtual. Você pode assiná-lo através de link existente na barra lateral à direita.

Proteja o patrimônio carioca! Assine o abaixo-assinado! Salve a Lapa!

Começa o Salve a Lapa!

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Olá,

Começa aqui o Salve a Lapa!, um blog que lutará pela conservação do bairro mais carioca do Rio de Janeiro, a Lapa.

Foi na Lapa que diversas canções que embalaram e embalam casais foram compostas. Foi na Lapa que intelectuais se conheceram e planejaram obras conjuntas. Foi na Lapa que o estilo do boêmio do bem nasceu.

É por isso que precisamos lutar para que isso continue, preservando e protegendo esse patrimônio carioca que se distribui nas redondezas dos Arcos.

A Lapa precisa receber um salve e ser salva para que essas canções voltem a ser compostas, para que os intelectuais voltem a se encontrar e para que o carioca, amante da Lapa, possa voltar a comparecer ao local mais eclético da cidade com alegria, sossego e segurança, desfrutando da infra-estrutura e apreciando todo tipo de lazer, observando todo tipo de tribo.

O Salve a Lapa! foi criado visando esta luta pelo bairro. Una-se a nós.

Um abraço! E salve a Lapa!